sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Arte, Política e a Sociedade


           Os tempos mudam, o ser humano evolui e com isso suas concepções de mundo e de todas as áreas de conhecimento. A arte é humanística por excelência, e por estar tão liga ao ser humano talvez seja a área que mais se modifica com o passar dos séculos. Quando pensamos em arte hoje vemos logo obras de arte que levam o ser humano a um questionamento além da arte. A arte com fim em si mesma talvez não é o prato da vez. Não estamos falando de fatores estéticos como Adorno (1953) ou do belo musical como Hanslick (1973), que questionam em suma a qualidade da arte.
           Hoje a arte tem função extraartística, levando sua compreensão fora de sua criação estética, levando aos que apreciam para uma reflexão. Essa reflexão muitas vezes é feita em protestos voltados para a política para com a sociedade. A Arte do questionar


           As "Intervenções Urbanas", uma modalidade da arte contemporânea, surge com esse espírito de questionamento, de inquietes. Ao vermos essa obra logo sabemos o que o artista Biancoshock quis mostrar com sua intervenção. Ela pode chocar, emocionar mas ainda não perde seu cunho artístico. Vemos claramente um protesto contra o descaso do governo e também das pessoas com os moradores de rua. Se pararmos para refletirmos no fundo, ele nos indica um contraste de ideias: a arte está ali representando algo constantemente visto nos dias atuais, algo que se torna "morto" ou "indiferente" quando expressado pelas paredes, frias e mortas; a arte é algo vivo, logo que se perpetua durante o tempo, ela não deixará de ser arte sem a intenção para algo além dela.
           Mas se não houvesse essa problemática social e política esse tipo de arte não teria sentido. Logo a arte acompanha profundamente o comportamento humano: sociedade. Padrões te comportamentos fundamentando a ética e com isso a moral fazem dessa arte, uma "ferramenta" de indagação.

           Outra manifestação artística que vem de encontro com as intervenções urbanas é o "Picho". Ela sem dúvida é a que mais causa polêmica e indagações. Por estar sempre em contraponto com o "Grafite", que é outra modalidade artística, o Picho se torna criminoso por ser basicamente considerado vandalismo por sempre estar em lugares "não permitidos", logo os pichadores são "Fora das Leis". Contudo vamos olhar pra essa imagem da Estátua dos Bandeirantes. Sua imponência e perfeição arquitetônica mostra consideravelmente uma obra de arte. Mas Arte pra quem? Olhamos as imagens e vemos a estátua pintada de vermelho, que nos lembra sangue claro. Talvez essas mesmos bandeirantes tenham causado a mortes de muitas "pessoas" e incrivelmente ganham uma linda estátua. Irônico não é? Pois é isso que os pichadores acham e com sua sensibilidade artística/social protesta, através de suas tintas que nos mostra uma pontualidade no que se diz a sua indagação politica/social: Assasinos !
          

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Música da Ars Nova

       Ars Nova é um estilo musical referente a nova polifonia do século XIV. O surgimento dessa nova arte e técnica deu-se na França num século marco pela economia, política e religião. Onde encontramos um dos maiores representantes e pioneiro da Ars Nova, sendo ele poeta, compositor, matemático, musicólogo e filosofo francês Philippe de Vitry. 
       Philippe de Vitry além de ser um dos representantes da Ars Nova foi um dos primeiros a usar os ritmos binários, com isso se tornando um grandes agentes da evolução do moteto isorrítmico. 
     Moteto, gênero musical polifônico surgido no século XIII marco como um estilo importante para a história da música. Por ter uma forma polifônica, se torna uma das grandes formas musicais usada no contraponto modal do século XVI, feito por textos religiosos. Já o moteto isorrítmico é o auge em termos de estrutura de som em música gótica, estritos durante a Ars Nova na década de 1320 por Philippe de Vitry e Guillaume de Machaut. 
Página do manuscrito iluminado do Roman de Fauvel, c. 1318, possivelmente a mais antiga fonte de música Ars Nova.
         Roman de Fauvel, poema francês que crítica na vida política e religiosa. A obra é dada no século XIV, onde nara a história de um burro, chamado Fauvel. 

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

A ARTE EM PROPAGAÇÃO


SOBRE A IDADE MODERNA


         A Idade Moderna é um período sem dúvida de grandes conquistas em todas as áreas do conhecimento. Grandes evoluções marítimas, políticas, religiosas, revolucionais e artísticas, fazem desse período um dos mais decisivos para o mundo ocidental. Ela acontece no século XV até XVIII e se localiza temporalmente entre a Idade Média e a Idade Contemporânea. São quatro séculos de pura produção humana em prol ao novo mundo. Novo mundo trazido pelas grandes navegações de Cristóvão Colombo ao continente americano em 1492 ou a viagem à Índia de Vasco da Gama em 1498. Também pela notória Revolução Francesa que trouxe consigo o fortalecimento do capitalismo, que já vinha sendo desenvolvido no final do século passado com a revolta da burguesia e da nobreza contra o governo real Francês, e também foi uma das mais importantes e estimuladoras para o início do período que se segue após a Idade Moderna, a Idade Contemporânea.

        Para nós estudantes de arte o que nos encanta e que nesse período surgem incrivelmente os principais artistas dessa grande mudança global e com isso suas obras que mostra-nos o quanto a arte está entrelaçada com toda essa conturbação da história nesse momento. Sua maioria mostra uma arte com vontade de se desprender de um certo modo de toda a pressão do clero regida pelo Papa sem perder todo o encantamento que a arte vem ganhado com o decorrer da história. Se pensarmos bem não é a toa que nesse momento é que a arte ganha um gás, já que o mundo ocidental emana tanta inspiração na busca de ares novos.

A "Mona"

             Como dissemos anteriormente, a Idade Moderna é "O" período da História Ocidental. Ressaltamos também a grande produção artística dada pelo surgimento de grandes artistas nessa época. Pois é, não podemos deixar de falar então do notório Leonardo da Vinci. Faremos agora uma análise singela de sua mais obra prima, a "Mona Lisa".
             Veremos essa obra com os olhares e perspectivas de Gombrich (1950) onde em seu livro A História da Arte ele faz um pequeno relato apreciativo da obra de Leonardo. Para ele Mona Lisa se mostra viva e nos trás diversas emoções. Desde de as cópias da "Mona" ou na original localizada em Louvre em Londres, a sensação de vê-la é simplesmente esplêndida, relata Gombrich. Realmente, se olharmos atentos a essa obra de Leonardo, e termos pelo menos um pouco de conhecimento sobre arte, veremos sua grandiosidade. Grandiosidade que se deve sem dúvida porque da Vinci não era apenas um talentoso pintor, era também um amente da natureza, da vida. Seus estudos sobre anatomia levaram seus trabalhos ao um nível totalmente humanístico. Vemos isso na expressão da nossa doce, triste, alegre, misteriosa Mona Lisa.

Acontecimentos importantes na Idade Moderna: 

  • As  Grandes Navegações: período de transição da Idade Média para Idade Moderna, que resultou na descoberta de um novo continente explorados pelos Europeus; 
  • O Renascimento: primeiro movimento cultural entre o século XIII e o século XVII, motivado pela burguesia na região de Florença; 
  • A Reforma Religiosa: a igreja católica romana predominava sem deixar espaços para outra religiões; 
  • O Absolutismo: sistema de governo que prevaleceu entre os séculos XVI a XVIII, com o poder concentrado nas mãos de uma só pessoa, o rei; 
  • O Iluminismo: movimento contrário do Absolutismo, com objetivo de substituir a visão teocêntrico espalhada na Idade Média por uma visão mais racional; 
  • Revolução Francesa: movimento social e político que marcou o final da Idade Moderna. 







    Referências:

    GOMBRICH, E.H. A História da Arte. Rio de Janeiro: LTC, 2013.
    http://idade-moderna.info/
    http://www.todamateria.com.br/idade-moderna/





    quinta-feira, 5 de novembro de 2015

    O Nascimento de Vênus

    Sandro Botticelli (1446-1510)

    Sandro Botticelli foi um pintor Italiano importante da Renascença, que viveu em Florença sua cidade natal. Botticelli teve grandes influência como de Fra Felippo Lippi, de quem foi discípulo e adquiriu algumas técnicas próprias das obras do renascentista como a perspectiva linear e o uso de cores pálidas e ressonantes.
    Uma de suas obras mais famosas é quadro “O Nascimento de Vênus”, feita por encomenda pela família Médici. Família de origem na região Mugello na Toscana, com poder político no qual passam a governar Florença.
    Sob poder de Florença, eles puderam possibilitar um ambiente com mais arte e humanismo. Sendo assim os Médici e outras famílias da Itália inspiraram o nascimento da Renascença Italiana, um período de grandes mudanças e conquistas culturais que ocorreram na Europa, entre o século XIV e o século XVI, um marco na transição entre a Idade Média e a Idade Moderna.


                "Vênus emergiu do mar numa concha que é impelida para a praia pelos alados deuses eólicos, em meio a uma chuva de rosas. Quando está prestes a pisar em terra, uma Horas ou Ninfas recebe-a com um manto de púrpura." (E. H. Gombrich)
     “A Vênus de Botticelli é tão bela, que não nos apercebemos do comprimento incomum do seu pescoço, ou o acentuado caimento dos seus ombros, e o modo singular como o braço esquerdo se articula ao tronco. Ou, melhor ainda, deveríamos dizer que essas liberdades que por Botticelli foram tomadas a respeito da natureza, a fim de conseguir um contorno gracioso das figuras, aumentam a beleza e a harmonia do conjunto na medida em que intensificam a impressão de um ser infinitamente delicado e terno, impelido para as nossas praias como uma dádiva do Céu.” (E. H. Gombrich)